Sempre acreditei que o volume da face tem papel fundamental na aparência jovem e harmônica. Ao longo dos anos, a perda dessa estrutura acontece de forma natural, e com ela, surgem sinais como sulcos marcados, flacidez e aspecto cansado. O lipofilling facial, também chamado de lipoenxertia é, para mim, a melhor forma de devolver esse suporte perdido.
Diferente de preenchimentos sintéticos que, muitas vezes, distorcem a anatomia original, o enxerto de gordura permite restaurar o rosto de maneira muito mais natural. Utilizamos a própria gordura da paciente, colhida com técnica delicada, processada com cuidado e aplicada com extrema precisão. Não se trata apenas de preencher: é reconstruir os volumes onde eles realmente existiam.
Nos últimos anos, observei com preocupação o uso exagerado de substâncias como o ácido hialurônico em áreas inadequadas, resultando em faces inchadas, desfiguradas e artificiais. Da mesma forma, vejo a lipoaspiração da região da papada sendo realizada de forma indiscriminada, sem considerar que aquela gordura pode ser essencial para a sustentação do rosto ou ainda ser reaproveitada com inteligência.
Desde 2005 venho refinando minha técnica de lipoenxertia facial. Defendo com convicção essa abordagem por acreditar que ela é, ao mesmo tempo, mais segura, eficaz e duradoura. Mais do que células de gordura, esse enxerto leva à região tratada fibras de colágeno, fatores de crescimento e até células-tronco, elementos que promovem regeneração e melhora global da qualidade da pele.
Acredito que a cirurgia plástica precisa respeitar o que o rosto já foi um dia. Por isso, meu objetivo com o lipofilling é reconstruir, e não inventar. Voltar com suavidade à estrutura do passado, preservando o que cada paciente tem de mais autêntico.