Os tratamentos faciais, são do meu ponto de vista, aqueles que exigem a maior estrutura. Precisamos de equipe, equipamentos e também de conhecimentos complementares para alcançarmos resultados superiores. O envelhecimento facial ocorre por dois fatores, um intrínseco e genético, outro extrínseco em consequência principalmente de agressões externas como sol, cigarro e falta de cuidados preventivos. Esse envelhecimento é expresso através de alterações na fisiologia, histologia e na anatomia, para obtermos um resultado natural cada anormalidade deve ser diagnosticada e abordada da forma correta.
A Ritidoplastia é a cirurgia que busca reposicionar os tecidos profundos da face e a retirada da pele em excesso. Usualmente associo o enxerto de gordura e blefaroplastia, corrigindo todas as anormalidades estruturais da face e um único tempo. A necessidade de cirurgias completas da face tem diminuído nos últimos anos, onde novas abordagens cirúrgicas como os enxertos associados ao tratamento da qualidade da pele têm evitado as cirurgias maiores, ficando essas para casos selecionados.
A blefaroplastia é a cirurgia indicada para a correção das anormalidades anatômicas das pálpebras. A técnica evoluiu ao reposicionar tecidos além de apenas retirar a pele em excesso. É uma cirurgia de rápida execução, recuperação e de excelentes resultados. É uma técnica muito associada à lipoenxertia, onde além de corrigir o excesso de pele também repõem o volume perdido em diferentes pontos da face.
O uso de gordura tem evoluído de forma muito acelerada nos últimos anos, é o campo da cirurgia plástica que mais evoluiu na última década. O enxerto repõe a perda de gordura em diferentes compartimentos da face, que ocorre pelo envelhecimento, fazendo com que ocorra uma queda da pele. A coleta, tratamento e reposicionamento corretos proporcionam uma importante correção anatômica e estética com resultados naturais e duradouros.
A otoplastia é a técnica empregada para corrigir as anormalidades anatômicas das orelhas, com maior frequência a concha proeminente e a antihelix (curvas das orelhas) malformadas. As redes sociais tem popularizado técnicas não cirúrgicas com fios, abordagem com resultados limitados e uma taxa altíssima de recorrência. O ideal é realizar a cirurgia antes da entrada na idade escolar para não gerar sequelas emocionais.